segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ah, se toda Segunda-feira fosse assim...

O trabalho terminou mais cedo.
Sentei-me no banquinho cor de tijolo esperando ele chegar.
Aquela parecia mais uma segunda-feira, calma, preguiçosa, ansiando para que a terça viesse logo.
Mas não.

Ela era, na verdade, uma SEGUNDA-FEIRA, assim mesmo, escrita com letras garrafais.
Surgiu majestosa para me lembrar que, apesar de ser o dia mais menosprezado de todos, o importante é que se trata de um DIA e um dia é sempre sinômino de VIDA.

Pois bem.

Eis que ele surgiu. Cabelinhos ao vento, camisa preta, calça básica, sorriso faceiro, olhar macio (sim, ele consegue ter um olhar macio!) e um cheiro poderoso que me deixou inebriada...

Nossos passos se complementavam. Nem sentia direito os calos vermelhos que incomodavam, desde o início da manhã, os tornozelos.

O encontro foi marcado apenas para cumprirmos uma missão. Juntos, como sempre. Nossas forças unidas venceram tudo em 20 minutos.


Eu não disse que não iria doer nadinha?, falei
Já ele, com orgulho tipicamente masculino, preferiu afirmar: Você tem um homem com "H" maiúsculo. Não senti nada!

Sorri por dentro e não questionei...Pura sabedoria feminina.

Pegamos nosso barco de quatro rodas e fomos para nosso ninho de amor.
Queria cuidar dele, fazê-lo descansar.
Ficamos deitados, lado a lado, a velha e conhecida janela de céu azul e galhos verdes como nossa cúmplice.

Não podíamos, mas transgredimos as regras e nos amamos.
E, como sempre, foi como se o tempo parasse, nada mais importasse, só nossos corpos famintos, nossas almas afins e nossos olhos paralisados...
De amor

Um comentário: