segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De volta ao trabalho

Acho que, de alguma maneira, desconfiaram que eu voltaria a trabalhar me sentindo mais ampla e precisando de mais espaço. Quando digo “ampla”, não estou falando dos 2kg que infelizmente andei ganhando quando retornei da Europa, por conta da minha ansiedade de ficar em casa sem fazer nada. Refiro-me ao quanto mais elevada, abrangente e profunda (ou seja, maior em todas as direções) estou após retornar de viagem.

O meu computador novo (fizeram um remanejamento de lugares na Redação durante as minhas férias) possui uma mesa que se alonga bastante para o lado direito. Muito mais do que no meu cantinho anterior. Quando cheguei hoje ao trabalho, era cedo (antes de 8 horas da manhã), a sala estava quase vazia, e tive vontade de me esparramar naquela imensidão de mesa. Talvez para me sentir acolhida de volta.

Mas isso foi apenas um pensamento passageiro. É impressionante como a gente tem mania de reprimir nossas idéias espontâneas. Teria sido legal simplesmente ficar deitada ali um pedacinho... Mas tive vergonha. Pensei: “Vai que alguém aparece e me encontra toda esticada, como um gato preguiçoso?”.

Quando as pessoas começaram a chegar e o expediente engrenou, fui percebendo que aqueles centímetros a mais do meu lado direito não adiantariam de muita coisa. Nem o local inédito para mim, com outros vizinhos de trabalho (com exceção da Ká, sempre maravilhosamente constante), foi capaz de absorver bem essa nova Ticiana que se desenha aos poucos.

Enquanto a mutação se processa em mim, as gavetas do móvel continuam cheias de papel – assim como as havia deixado; e a caixa de emails a me pedir o mesmo tipo de atenção de outrora. Se pelo menos tivesse me esticado um pouco de manhã cedo, poderia ter me sentido melhor...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Não. Não. Não... Nããão! NããÃÃÃOOO!

Definição no Aurélio: advérbio que exprime negação ou recusa.

Na nossa linguagem do dia-a-dia pode ser substituído por: nãm, neim, “no way”, “na na nina nina”, um simples gesto de balançar a cabeça para os dois lados, a mesma ação com o dedo indicador, dentre outras opções.

Mas que ninguém julgue essa palavra pelo seu tamanho “mini” e estado de monossílabo. Aqui, ocorre o exemplo prático do ditado que diz: “nos pequenos frascos estão os grandes perfumes”. Afinal, o poder de um “não” é incomensurável. Um “não” bem pronunciado – digo, expresso com confiança e firmeza- é divisor de águas e define os rumos dos próximos capítulos dessa trajetória que chamamos de VIDA.

Talvez, por ter consciência das possíveis conseqüências de um “não” é que o ser humano possui tanto medo de ouvi-lo. Até porque, chegue ele calmo, tímido, suave (aqueles carregados de pena são tenebrosos!) ou mesmo de forma avassaladora, o “não” costuma ter um efeito colateral não muito agradável (uso aqui de eufemismo gritante!) em quem o escuta e pede, normalmente, uma mudança de atitude imediata e sofrida (mesmo que em diferentes graus). Não posso me esquecer de citar, ainda, aqueles constrangedores “nãos” ditos por uma multidão em uníssono (dá até arrepios só de imaginar a cena. Cruzes!).

Aí, você que lê esse tratado sobre um advérbio tão impactante pára agora e diz um “não” para mim. Podia um post ser mais interativo? :o) Em seguida fala: “Não, Ticiana, você está equivocada. Nem sempre um “não” significa opressão. Nem sempre ele é encarado de um modo problemático e nem sempre leva à dor e a conseqüências negativas”. Aí, continua sua análise, já empolgado com seus próprios pareceres: “veja o que ocorre nesse momento. Você acabou de se alegrar (ao contrário de se entristecer ou se ressentir) com o “não” que te dei, já que, como mesmo afirmou, a minha opinião deixou o seu post ‘mais interativo’. Certo? Além do mais, o meu ‘não’ e sua posterior justificativa agiram como um enriquecimento aos seus pensamentos sobre a própria palavra ‘não’, o que torna o meu ‘não’ um ‘não positivo’. Certo de novo?”.

Nessa hora, eu páro, dou um sorriso vagaroso e sincero. Depois respondo sabe o quê? Um "sim". “Sim, querido leitor, você tem razão, mas saiba que em nenhum momento quis diminuir o poder atuante do ‘não’. Na verdade, você que se apressou em defendê-lo, pois eu tinha a intenção de chegar ao ponto de trazer à tona essa outra faceta do nosso advérbio em questão".

O “não” pode até, dependendo dos casos, servir de redenção e alívio. Pensem comigo. Uma adolescente com suspeita de gravidez, temendo que um bebê fora de época mude todo o curso de sua vida, ao ver que o resultado do exame deu “negativo” (ou seja, ao receber um “não”), vai sentir o quê? O bendito alívio. Existem, como esse, vários outros exemplos de um “não bem-vindo”. Um “não” quando se quer saber se vai haver trabalho em pleno feriado; um “não” de um parente indesejável ou maçante ao desmarcar uma visita à sua casa (ele diz: “não vou poder ir”); um “não” em questões comerciais quando você é o beneficiado, do tipo: “para parcelar essa compra não é preciso nenhum valor de entrada”. Poderia passar horas enumerando esses “nãos positivos”...

Mas nada de ilusão. Não sou Poliana e creio que o peso do “não negativo” é maior. Nossa, o tamanho da cratera que fica em um coração quando se ouve: “eu não te amo mais” ou “eu não agüento mais olhar na tua cara” ou ainda “não vai dar certo você ser chamada para realizar algo diferente porque fica muito complicado...”. Essa última frase vocês não precisam tentar compreender. Ela é para ser esquisita mesmo. Foi algo que escutei hoje, resposta de um desejo meu que fiquei sabendo que não se realizará. Desculpem, mas não posso ser mais clara. Nem tudo se coloca em um blog. Termino, acredito eu, com um “não castrador" desse espaço, mas preciso preservar a minha vida. Esse “não” pode ser frustrante também para você, certo, leitor? Perdão, mas às vezes, na verdade muitas vezes, o “não” também se faz necessário...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Barcelona_Parte 1

Não lembro bem, ao certo, em que época elegi Barcelona como a segunda cidade que tinha mais vontade de conhecer em toda a minha vida. A única certeza que possuo é que faz tempo, remontando alguma idade da minha conturbada adolescência... Quantas vezes meus pais foram para Europa e me ligaram direto dessa bela terra catalã só para me fazer inveja? Principalmente meu pai, com aquela voz especial, de quem está adoraaando tirar sarro da minha cara... E eu, do outro lado da linha, dizendo: - Que ódio, não quero saber!!! Um dia ainda vai chegar o meu dia!
E não é que chegou? :o)

- Acho que nunca ninguém pegou um avião da Ryanair tão feliz. Talvez só eu mesma quando depois fui para Londres - a minha cidade favorita!!! Mas aí é história para outro post... Ah, Caiu, você só pode ser muito equivocado ou FROUXO mesmo! Depois da alerta falsa de que vacina de febre amarela doía, veio a de que os aviões da Ryanair metem medo. Pelo menos com o voo para Barcelona tudo ocorreu maravilhosamente bem (só de Paris para Londres que o trajeto foi meio perrenga, mas a gente dá um desconto...).


Indo para Barcelona!

- Eu e o Daniel ficamos muito bem hospedados em plena La Rambla, rua tradicional da cidade, composta por bancas de vendas de diversos itens, restaurantes e barzinhos e onde pessoas de diferentes faixas etárias e provenientes de várias partes do mundo passam a todo vapor, num fervilhão que parece seguir noite adentro, sem ter hora para acabar. Não curti muito a noite da cidade... Afinal, passava o dia inteiro gastando as solas dos sapatos e à noite era só o bagaço! A gente andava mais de sete horas por dia, tranquilamente, para conhecermos o máximo de lugares possíveis. Quando anoitecia, era melhor dormir, recuperar as energias, para mais um dia de andanças sem fim.


La Rambla de dia


La Rambla à noite e seus artistas

- Realmente um dos maiores responsáveis por Barcelona ser tão especial chama-se Antonio Gaudí e sua arquitetura genial que perpassa toda a cidade. Achei lindo todos aqueles ladrilhos coloridos em suas criações, que são, na verdade, compostos por "trencadis", técnica catalã tradicional que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies.


Fachada da casa de Gaudí, onde se pode ver a técnica do "trencadis"


- Antonio Gaudí trabalhou essencialmente em Barcelona, a sua terra natal, onde havia estudado arquitetura. De sua autoria, achei lindíssimo, ainda, o Parc Güell. Dali tem-se uma vista bela da cidade.

Parc Güell

- Fiquei também chocada com o templo da Sagrada Família, considerado, por muitos, a obra prima do artista. A construção foi iniciada em, pasmem, 1882 e ainda se encontra inacabada!!! Para visitar a igreja, é preciso pagar uma taxa de $ 11,00 (caríssima!), que disseram ser para ajudar a concluir as obras... Como assim, para pagar algo que já faz mais de 100 anos que está se processando e não acaba? Perguntei para a moça da recepção e ela me disse que a previsão é que a igreja fique pronta entre 20 e 25 anos. AINDA? Isso está pior, bem mais, que as obras do Metrofor!!! Se o Gaudí soubesse, ele se revirava no túmulo...

Templo da Sagrada Família

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Beleza de Marseille

- Eu sei que meus posts estão misturados e que não estou seguindo a ordem cronológica da viagem, mas, gente, peço compreensão e explico que, alguns lugares pelos quais passei, principalmente Londres, Paris e Barcelona (só falei do time do Barça até agora), merecem posts mais bem elaborados... Como estou usando computador alheio, tenho que sair de frente da tela do PC a qualquer momento e não me sinto preparada para escrever sobre essas belas cidades com uma espécie de corda pendurada no meu pescoço. Assim sendo, vocês vão ter que ter um pouquinho de paciência... ok???

- Desculpas dadas, vamos para um post fresquinho, saído agorinha do forno! :o) Humm, delícia!!! kkkk! Hoje eu e meu irmão passeamos mais por Marseille, cidade provençal que fica pertíssimo de Toulon e onde se encontra o maior porto comercial da França.


- Existe uma rixa acirrada entre Marseille e Lyon. Ambas afirmam ser detentoras do título de "segunda maior cidade da França". Fazendo uma pesquisa, descobri que o que ocorre é o seguinte: Marseille tem uma população de 820.900 (censo de 2005), que ascende a 1.605.000 na área urbana de Marseille/ Aix-en-Provence. Já na grande Lyon vivem aproximadamente 1.267.000 pessoas. Se os números que eu pesquisei estiverem corretos, Marseille leva vantagem...O problema é que existem sites que citam Lyon como a segunda cidade francesa, mesmo tendo como base a quantia de1.267.000 pessoas. E nem sequer falam de Marseille!!! Vai entender... Essa briga não é minha, não é sua, talvez nem interesse a quem entre aqui, mas achei interessante relatar. Esse negócio de orgulho e ego inflado é realmente coisa séria... Quando as duas cidades se enfrentam no futebol, então, sai de perto!!!!

Subindo para visitar a Catedral Notre Dame de La Garde, tive essa vista...

- Bom, não conheço Lyon, então, por isso mesmo e devido à prova dos números, vou ficar na defesa de Marseille. :o) As casinhas sobrepostas em espécies de montes; a vista do Mar Mediterrâneo (assim como em Cannes, é lindíssima desse ponto); os barzinhos, os detalhes na arquitetura, são de uma delicadeza e uma primazia que tornam essa cidade admirável. Não é à toa que ela já seduziu artistas como Cézanne, Derain, Braque, Dufy, Charles François Lacroix, além de inúmeros outros...

Pintura de Cézanne - vista de Marseille, datada de 1883/85

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mônaco

No mesmo dia de Cannes, passamos "rapidez" por Nice e seguimos para o
Principado de Mônaco.
Só de pedágio gastei mais de $ 50,00, mas todo mundo aqui disse que, mesmo assim, ainda saiu mais barato do que visitar isso tudo de outra forma. Bem, só a liberdade de ir de carro; poder passar o tempo que quisermos; parar e ficar onde bem entendermos... Pagou tudo!!! Bem, Mônaco é estonteante. Parece que, quando ali entramos, estamos sendo levados para uma outra dimensão, onde o que reina mesmo é a perfeição e a riqueza. Chega incomoda um pouco... Tudo reluz tanto que quase parece um conto de fadas.


- Os vários carros importados - Alfa Romeo, Ferrari, BMW, Mercedes..., me lembraram o meu irmão Ivan o tempo todo. Desde pequeno ele adora carros. Você teria ficado babando com o desfile de automóveis que tem em Mônaco, Ivan!



- De longe, deu para ver a residência do príncipe Alberto de Mônaco, que fica ao alto de uma espécie de montanha cheia de mansões. Eu fui dizer ao Daniel que deve ser massa morar no Principado e ele veio com uma história de que a pessoa, para conseguir estabelecer residência em Mônaco, tem que ganhar um mínimo "x" de dinheiro. Procurei sobre isso na Internet e não achei nada. Sei não, viu? Me pareceu estranho essa informação... De uma maneira ou de outra, pobre foi o que não vi ali.

- Fui visitar o casino também. Muito bonito, aristocrático e chique. Nas mesas de jogos, só o que tinha era velho. Afe, saí logo de lá, afinal, quem gosta de velho é fundo de rede! kkkkk!


Casino de Monte Carlo


-Depois, fui brincar em um parque de diversões montado próximo ao porto - sim, Mônaco também é uma cidade portuária (só me faltou o "um amor em cada porto..."). O brinquedo que escolhi me levou às alturas e me permitiu ter uma visão muito bonita, lá de cima, da cidade que anoitecia...

Mais de Cannes

Gente!!!! Hoje posso escrever, então, aproveito para compartilhar um pouco mais das minhas andanças por terras européias. Voltando alguns dias, ainda na minha visita a Cannes. A cidade é portuária, pequenina e charmosa. Brinquei de estrela por um dia lá e subi as escadarias do auditório onde ocorre o Festival de Cinema. :o)

Será que vou receber o prêmio de "Atriz Revelação" pelo Clipe do Guga? kkkkk!

- Achei o máximo lá foi o senso de limpeza do povo. Diferentemente de outras localidades da França, nas quais o pessoal passeia com os seus cachorrinhos e deixa as fezes no chão, em Cannes tem um distribuidor gratuito de saquinhos de plásticos nas ruas. Vi isso em Mônaco também. Bem que poderiam trazer essa idéia para o Brasil...

- Após caminhar bastante, sentamos eu, o Daniel e a Luciane em um barzinho e pedimos algo para beber. Gente, que cerveja caaaaaara!!!!!! Aqui, não sei o motivo, o pessoal adora Heineken. Eu normalmente fujo dessa opção porque acho que ela trava muito, mas, na falta de outra... Eu e meu irmão acabamos pedindo duas long necks e acho que cada uma, de 350 ml (aqui eles medem líquidos em centilítros - cl - então na garrafa aparece, na verdade, 35 cl) custou cerca de $ 4,40. AHHHHHHHHHH! A conta abaixo mostra o estrupício, mas ela já vem com o serviço.

Num dei nem um centavo a mais ao garçom!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pulando os dias para falar do BarÇa

Gente, é muito amor, muita paixão!!! Para quem não sabe, sou fã de futebol desde pré adolescente e vou saltar meus dias em Mônaco, Paris e Lisieux, além dos outros detalhes sobre Cannes e Avignon, para falar como foi, ontem, a visita ao estádio do Barcelona, popularmente conhecido como "Camp Nou".

BARRRRRRÇAAAA!!!!

- AAAAAAHHHH!!! Além da emoÇão (desculpem o cedilha grande - aqui nesse teclado não tem a letra em tamanho padrão) de visitar o gramado, arquibancada, cadeiras, sala de imprensa, museu, etc, fiz o tour acompanhada por um time inteeeeiro de futebol da Bolívia. Gente, foi só meu irmão me deixar só para eu comeÇar a aprontar das minhas (eheheheh). O Daniel não quis fazer o passeio, pois o mesmo custava acho que uns $ 13,00 e ele já o tinha feito com nossos pais em outra ocasião. Achei tão ruim ficar só, hein, imagina... Estava um pouco preocupada sem saber quem iria tirar minhas fotos, mas fazer amizade nunca foi um problema para mim.


- Comecei a trocar olhares com alguns dos integrantes do tour. Estava meio inibida em meio a tantos homens. E tinham alguns velhos meio assanhados que me botavam medo. ECA! Depois, um dos garotos veio perguntar de onde eu era e, pelos uniformes da Adidas, deu para perceber que eles eram jogadores. Ele me explicou que todos eram de um time B da Bolívia (sim, pode parecer ralé, mas quando que um time da série B do Ceará vai passar uma temporada jogando na Espanha?) Tinham dois brasileiros no grupo que ficaram conversando comigo um tempão e um deles, particularmente, fazia aquele estilo moreno alto, bonito e sensual, bem a "soluÇão de todos os meus problemas..." :o) Já o outro era muito "sarará" e não fazia nada o meu tipo. Sim, Ká, tenho um tipo!!!


- Eles tiraram fotos comigo, fizeram brincadeiras e teve uma hora que entrei no elevador com eles e brinquei, dizendo: "olha o respeito, já que sou a única mulher em meio a tantos homens". Eles riram muuuito. E depois eu pensei porque eu disse essa besteira... Cansada de respeito! kkkkk!

Onde os comentaristas esportivos ficam


- Ainda tinha uma mãe de um dos meninos que fez amizade comigo e ficou botando o filho dela pra cima de mim. Pode? Cada uma que me acontece... E outro que me chamou mais de uma vez de "muy hermosa". Mas, pela minha experiência de vida, jogador de futebol é uma "ruma" de homem seco e só serve mesmo pra levar na brincadeira. Agora, bem que eu podia ter dado mais atenÇão ao "moreno alto, bonito e sensual..." Depois me arrependi...


Gente, ando muito fraca...Num tive nem coragem de tirar fotos com eles pra guardar de lembranÇa...Vão ter que se contentar com essa, quando quis mostrar os troféus do Barcelona e eles aparecem de coadjuvantes! Tô comeÇando a me estranhar!!!


- No meio disso tudo, ainda consegui prestar atenÇão no estádio, juro por Deus! E no museu contando a história do clube. E ainda comprei umas lembrancinhas. Agora, com certeza a visita demorou mais e foi bem mais interessante e colorida :o)


Olha o Ronaldinho Gaúcho!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estrela por um dia

- Saudades de mim? Eu, pelo menos, estava mooorta de saudades desse espaço. Para quem estava com bloqueio de escrever, essa viagem tem sido produtiva, hein, Ká? :o) Bem, não dou notícias desde quinta porque tem tudo sido uma correria sem fim. Inventei de visitar várias cidades em menos de um mês de viagem e isso tem me feito rebolar a baiana.Tudo isso para chegar à conclusão de que é impossível conhecer cada local e suas peculiaridades com tão pouco tempo reservado para cada um! Ok, eu sei que me avisaram, mas eu sou teimosa e tinha mesmo era que pagar para ver... De qualquer modo, tem tudo sido magnífico e, para uma marinheira de primeira viagem em quesito Europa, não poderia ser melhor!

- Recapitulando um pouco o que andei aprontando esses dias... :o) Sexta foi marcado por um misto de glamour e luxo. Explico melhor. Para uma amante de cinema como eu, poucas cidades poderiam me dar maior prazer em conhecer como...adivinhem...CANNES! Gente, senti-me estrela por um dia subindo nas escadarias de onde ocorre um dos mais conceituados festivais de cinema do mundo! Que pena que não deu para ver ninguém famoso por lá. Quer dizer, se vocês acreditarem que esses são Brad Pitt e George Clooney - comigo! kkkkk!



- Ah, eu não sabia que lá possui assinatura de famosos na calçada em frente ao teatro do Festival, assim como o formato das mãos dos mesmos - como a gente já sabe que são encontrados em Los Angeles, na tradicional "Calçada da Fama". Fiquei passada! Ah, foi legal, meninas, porque pude conferir, de perto, artistas que tem as mãos grandes e grossas e outros que são bem pequenininhos... Uma desilusão! kkkkk!





As mãos do Richard Gere são uma desilusão: minúsculas!

Já não posso dizer o mesmo em relação ao Mel Gibson... :o)

- Gente, esse computador que estou usando é muito ruim. Me estressei 300 vezes! Estou em Paris, amanhã sigo para Barcelona e vou tentar achar um lugar mais decente para mandar noticias. bjoooos!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

- Esses posts estão é durando. Tô me virando em 30 pra conseguir! :o) O mais empolgante do meu dia de hoje, após a desastreza de ter me acordado às 10h (isso é hora de gente acordar estando viajando?), foi finalmente ver neve na minha vida. E conseguir interagir com ela!!! Foi tão emocionante que pensei seriamente que ia chorar... Subimos a 1910 metros de altitude, em uma região próxima à Avignon, só para conferir se uma coisinha que tinha lá em cima era mesmo neve. Valeu o esforço! O local era o Mont Ventoux, lindíssimo por sinal - pra variar, né, por aqui?


- Ai, e a neve é mesmo aquela coisa fofinha que dá vontade de fazer a gente brincar com ela durante hooooras a fio... Senti-me criança de novo. E matuta! Fazia tantas bolinhas de neve que fiquei com as mãos congelando...

Yaaaac! Muito bom, mamãe!!!

- Bom, mas nunca na minha vida poderia imaginar que iria ter que limpar meus pés de BOSTA na neve!!! Que pagação de mico! Essas coisas só acontecem mesmo comigo. Pisei em dois cocôs de cachorro, um atrás do outro e tudo ficou a maior lameira! As botas não são minhas, o cheiro ficou horrível e tive que dar um jeito de limpá-las ali mesmo, na bendita neve.

O amarelo-esverdeado é o cocô

- À noite, fomos conhecer a parte intramuros de Avignon. Lembrando que a cidade é histórica e remonta a Idade Média. Ruinas, castelos góticos e residências papais - antes da criação do Vaticano, podem ser encontrados aqui, dentre outras relíquias do tempo.

- AHHHHHHHHHHHHH! Hoje também colhi uvas pela primeira vez: no meio da estrada, de volta do Mont Ventoux para Avignon. Aqui, depois que as frutas caem, qualquer pessoa pode se aproximar das plantações e pegar o que sobra, mesmo que o terreno seja de outras pessoas. Massa, né?

Olha a pose da criatura kkkkk! :o)


Cheguei em Avignon

- Cheguei em Avignon, cidade onde a Luciane, namorada do meu irmão, mora. Me disseram que aqui é a cidade francesa das artes e que, de junho a agosto, mais ou menos, ocorre um festival de teatro, que é um dos mais reconhecidos do mundo. Para chegarmos aqui, viemos de TGV, fiquei emocionada e, confesso, um pouco incomodada, com aquele contingente de casais se beijando a se reencontrarem na estação. Super romântico, mas me deu uma inveja branca... Nunca fui recepcionada em nenhum local por uma pessoa amada, que me erguesse do chão e me desse um beijo efusivo... Quem sabe um dia?

Estação de trem de Toulon (desculpem pela foto escura - estou em outro computador e não tenho como melhorá-la!)

- Quando saí de Toulon, estava 4°C e este foi o maior frio que senti até agora aqui. Ah, vi neve ontem, DE LONGE, no topo de uma montanha e estão querendo me levar lá hoje. Vamos ver se dá certo...

- Gente, almocei na casa da Luciane e esses árabes me perseguem! Ela mora em um bairro muçulmano e, detalhe, todo mundo acha isso péssimo, menos eu! :o) Eles têm até razão, já que disseram que a maioria desses árabes - quem vem do Marrocos, Argélia e Tunísia - são meio revoltados e já demonstraram preconceito e rebeldia. Por exemplo, jogaram ovo aqui na casa, os xingaram. Tudo isso porque sabem que o pessoal que mora aqui é católico. Isso eu já não aprovo.

- À tarde, nem a comida do almoço se assentou direito no estômago (lembrando que, em viagem, não se deve gastar tempo), fomos conhecer o Mont Vaucluse, um lugar belíssimo perto de Avignon e à caminho de Cavaillon. Aqui, mais dinheiro gasto com xixi (sorry, Karine, mas é difícil sustentar a bixiga). Xixi: $ 0,30 (tá ficando mais caro...)


Chegando ao Mont Vaucluse

- Nesse local, além da fonte de água e cachoeiras belíssimas, existe uma réplica de uma fábrica de papel - contando a história do papel que remonta aos chineses no ano 105. Lembrei muito da Marlyana porque tem uma loja vendendo artigos no local, como pergaminhos, bicos de pena, tintas, folhas de texturas variadas... Muito lindo tudo!


Os letreiros são para vocês aprenderem mais também

- Ah, meu povo, encontrei uma pessoa que adora tirar foto que nem eu e a July! A Luciane! Nossa, ela fez um book meu nessa fontaigne. Muita foto massa que nem dá pra colocar aqui. Vão ter que ficar para o álbum posterior à viagem. Mas, só pra vocês sentirem mais a beleza desse lugar, seguem alguns cliques:



Eu e Luciane, namorada do Daniel

- Depois, me desvirginei de boliche. KKKKK!!! Calma, deixa eu explicar! Nunca tinha jogado boliche e fomos aqui perto. Eu fui a penultima colocada da minha equipe - só fiz 27 pontos em 10 partidas, mas, tudo bem, serve de aprendizagem... Eu adorei!!!


Desculpem a bunda pra cima, mas isso era pose de uma jogada

terça-feira, 10 de novembro de 2009

No meio dos árabes

- Gente boa, hoje não passeei muito porque meu irmão tinha seus últimos compromissos antes de embarcarmos em nossa jornada - que, como disse antes, ganha velocidade a partir de amanhã! Mas ainda fiz questão de ir ao mercado árabe. Desde domingo aperreio ele por isso. Como Toulon fica perto do Mar Mediterrâneo, só o que tem aqui é mulher de véu e homem de narigão (adooooro :o) ) O mercado fica no centro da cidade e tem de tudo, até aqueles artigos que lembram mais mesmo os camelôs da 25 de março ou o Beco da Poeira. kkkkk!



Não sei se dá pra ver, mas nessa banquinha estão à venda várias blusas do Michael Jackson

- Frutas variadas (maiores e mais coloridas que no Brasil), lojas de produtos de $ 1,90, barzinhos, lanchonetes, bancas e lojas de roupas também são abundantes. Ah, aqui o pessoal adora comida árabe, não só os árabes em si, mas os próprios franceses. Eles comem, principalmente o KEBAB.

Olhem eu na feirinha, meu povo!

- Acabei comprando alguma coisa... Adivinhem o quê? Seis postais: três de Toulon e outros três de regiões diversas da Cote D'Azur. Tão previsível eu... Depois levei meu irmão para sentarmos em um café. Pedi uma coca zero... :o) Mais tarde, fomos almoçar na casa de outros amigos dele e todos me receberam muito bem. O prato principal era algo à base de batata e bacon (o povo ama batata aqui). Depois, me fizeram provar uns tipos de queijos diferentes, inclusive aqueles que parecem meio apodrecidos (acho que é roquefort) e me lembrei do Caiu. Imagina ele no meu lugar? kkkkk!

Vai um pedacinho, aí, Caiu??? :o)

- Meniiiinas!!!! Preciso compartilhar essa com vocês senão vai me dar uma indigestão! Vi um cara belíssimo hoje, daquele tipo "trabalhador braçal", com uma picareta na mão direita, sem blusa, tórax à mostra, se dedicando com muito afinco a consertar um buraco de uma calçada. kkkk! Lindo! Um misto de Aaron Eckhart, Jon Bon Jovi e Bradley Cooper. Deu pra sentir? Quase engasguei! E que tatuagens... E que calça jeans surrada... Era todo um contexto... Me arrependi de não ter tirado a foto dele escondida para colocar aqui. Isso não se repetirá!

-Agora, me desejem boa viagem, pois amanhã sigo para Avignon, onde mora a namorada do meu irmão. Vamos de trem bala (TGV). Chiiiique!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aventura e beleza em Toulon

- Quero avisar a todos e todas que andam visitando esse recinto que a conversa está ótima, mas a partir de quarta não vou poder vir aqui com tanta frequência. Afinal de contas, vou começar a circular mesmo pela Europa e o acesso à Internet vai ficar mais difícil. Por isso mesmo, vamos aproveitar enquanto a fartura de posts segue ainda grande :o)

- Hoje comecei o dia nas alturas. Explico-me melhor para não correr o risco de ser mal interpretada! Fui com meu irmão conhecer o Mont Faron, onde, a 400 metros de altitude, temos ainda uma vista mais bela da cidade de Toulon e seu porto.



Ah, se desse para voar...

- Fiquei um tempão admirando essa vista magnífica, com a qual tive uma visão panorâmira da Cote D'Azur. À direita, fica Marselle e, à esquerda, Ilha de Córsega e otras cositas más que não lembro agora (sorry). A vegetação da região é repleta de oliveiras e pinhas e lembra muitíssimo as montanhas do Líbano! Não que eu já tenha ido lá, mas tenho amigos que me mosraram fotos do país, além do que vi com meus postais.

Lindo, não? Na descida do Mont Faron

- Hoje também fui comprar minhas passagens e do meu irmão de Paris para Barcelona (vamos de TGV - trem bala) e achei a estação de compra muito linda. Afinal, o que não é lindo aqui?

- AH! Recordando! Ontem à noite vi, pela primeira vez, um mendigo aqui na Europa. Ele estava no estacionamento perto do porto. Meu irmão disse que ele deve ter vindo do Leste Europeu, como a maioria e deu a ele $ 0,40. Hoje ele estava lá, no mesmo bat local. E meu irmão fez uma de suas brincadeiras bestas: "Como pode, Tici, até os mendigos sabem fala francês e tu não sabe?" E eu respondi: rrá, rrá, rrá.

- Gente, outra coisa, estou desesperada com a minha mania de fazer xixi de 5 em 5 minutos! Aqui a gente tem que pagar para usar qualquer banheiro! tô chocada! Fui ao shopping e tive que gastar $ 0,20 para fazer xixi! De manhã, queria ir ao banheiro da estação, e lá foram mais $ 0,20. O que será de mim agora? E me disseram aqui, na casa em que estou, que tem lugar em Paris que você paga até $ 1,00 para mijar. Estou em pânico!!!

domingo, 8 de novembro de 2009

Noite de Toulon

- Só um adendo ao post anterior: quando cheguei em Marselle e estava na boca da butija, com a mala no carrinho e a porta de saída abrindo pra eu me encontrar com o meu irmão, um outro cara, dessa vez da alfândega da França, me pára. Pensei logo na hora: "Qual o problema deles com mulheres sozinhas e elegantes, viajando para a Europa? Que preconceito! Mas, já estava preparada. Tinha procurado, com calma, a carta do meu irmão e a declaração do jornal enquanto estava em solo lisbonense e me muni com as minhas armas. O cara perguntou alguma coisa em francês, eu fiz cara de desintendida e depois ele perguntou se eu falava inglês ou francês. Eu disse inglês. Aí veio aquela mesma ladainha de querer saber qual o motivo da minha viagem, mas dessa vez eu não fiquei nervosa e fui mais rápida. Disse que estava de férias, mostrei a carta do Daniel e a do jornal, com a data de retorno ao trabalho e ele me desejou boa estadia e me liberou. MENOS MAL, GALERA! Tô me preparando, agora, para Londres, onde todo mundo anda me dizendo que a imigração é mais chata. Afinal, são 500 mil brasileiros vivendo lá, metade dessa quantia ilegalmente. Ninguém merece!

- Segundo os amigos brasileiros do meu irmão que moram aqui, os franceses costumam almoçar e jantar apenas um prato principal e um acompanhamento; talvez ainda uma salada. Mas não tem aquele negócio da gente de arroz, feijão, macarrão, farofa, purê, etc... Assim sendo, hoje almocei peixe e purê, apenas essa combinação. Mas estava muito bom. Para beber, um negócio esquisito: coloquei um pingo de xarope de pêssego no copo e acrescentei água e ficou uma espécie de um suco - mas deveras aguaaado!



O suco desapareceu da foto, vai ficar na imaginação de vocês mesmo :o)


- À noite, após a missa (sim, meu irmão conseguiu a proeza de me levar à missa e ainda a cerimônia falada toda em francês), fomos eu e ele comer em um restaurante chinês. Aí, pára tudo e vocês perguntam: jantar chinês na França? Como assim? Gente, estávamos desprevinidos financeiramente e meu irmão disse que não ia me levar para comer nos restaurantes do porto de Toulon porque os mesmos são muito caros e ele é MÃO DE VACA!!! Mas, pelo menos segui o que o Anchieta me aconselhou e provei coisas diferentes... A comida estava gostosa. Tirando uma bolinha de caranguejo que de caranguejo não tinha nada!



- Depois - agora vem a parte dedicada à Ká, fomos passear no porto. Estava gelado demais - acho que fazia uns 8°C, mas tinha que ver, de pertinho, aqueles navios belíssimos de num sei quantos andares e os iates chiquérrimos!


Olhem meu casaco vermelho! Um luxo!


- Meu irmão, com espírito de velho, já queria ir embora, mas, meninas, vocês vão me entender, tinha tanto homem lindo dando sopa nesses barzinhos do porto (diferentemente do restaurante japonês :o) ), que eu não poderia ir embora desse jeito. Vi que aquele contingente todo de homem se aglutinava em diferentes bares para ver um jogo de futebol e implorei ao meu irmão para que entrássemos em um dos locais, pedíssemos uma cerveja (só mais uma, Thays :o) ) e víssemos um pedaço da partida. O jogo em questão era Lyon x Marselle. E eu bebi uma cerveja mexicana feita com tequila, chamada de "Desperado". Muito boooooa para a ocasião. kkkk!